
Dezembro de 2025 foi um mês marcante não só para toda a indústria de criptomoedas, mas também para o setor digital global. Depois que a plataforma descentralizada Aster concluiu a competição experimental de negociação de futuros «Human vs AI: Battle for the Futures», na qual 70 traders humanos e 30 modelos de inteligência artificial negociaram em condições reais de mercado, surgiu a questão: existe uma ameaça para os traders humanos por parte das máquinas?
Os resultados finais foram inesperados para parte da comunidade. O resultado agregado da equipa humana foi de cerca de −32,21% de ROI, enquanto os algoritmos de inteligência artificial terminaram o torneio com uma perda de apenas cerca de −4,48%. Embora a vitória individual tenha sido conquistada por uma pessoa com o pseudónimo ProMint, que ganhou cerca de US$ 13,65 mil, as estatísticas gerais demonstraram uma maior estabilidade das estratégias das máquinas.
Os resultados de modelos de IA individuais chamaram a atenção especial dos especialistas. Em particular, o Claude Sonnet 4.5 Aggressive, que apresentou um dos melhores resultados entre os bots, despertou o interesse dos especialistas. Os analistas explicam isso pela combinação de algoritmos rígidos de gestão de risco, alta frequência de tomada de decisões e ausência total da influência do fator emocional. O modo agressivo permitiu que o modelo reagisse rapidamente à volatilidade de curto prazo, fixando lucros ou limitando perdas sem tentativas de «recuperar o prejuízo».
Além disso, parte dos agentes de IA foi otimizada especificamente para instrumentos de futuros: eles usavam padrões estatísticos de movimento de preços, estratégias algorítmicas de stop e indicadores técnicos, enquanto modelos menos adaptados apresentaram resultados piores e mais fracos. Isso ressaltou mais uma vez que, mesmo entre as máquinas, a eficácia depende significativamente não apenas da arquitetura, mas também das configurações.
É importante notar que uma restrição importante do torneio «Human vs AI: Battle for the Futures» foi a regra segundo a qual a inteligência artificial não tinha acesso a redes externas ou autoaprendizagem em tempo real. Todas as decisões da inteligência artificial foram tomadas exclusivamente com base em dados de mercado e indicadores técnicos. Assim, a IA não obteve vantagem informativa sobre as pessoas, o que torna o seu resultado relativamente melhor ainda mais significativo do ponto de vista da eficácia das estratégias algorítmicas.
Para os traders humanos, a psicologia foi um fator chave. Parte dos participantes agiu em modo de risco elevado, tentando rapidamente superar os algoritmos, o que levou a uma série de decisões impulsivas e ao acúmulo de perdas. O medo de perdas e o desejo de «recuperar» posições tornaram-se armadilhas típicas para as pessoas.
Os especialistas observam que alguns traders, que seguiram uma estratégia conservadora e um controlo disciplinado dos riscos, conseguiram apresentar resultados financeiros positivos. Isso, por sua vez, indica que a negociação humana não perde a relevância, mas exige uma reformulação das abordagens em um ambiente onde a inteligência artificial define cada vez mais os padrões de eficiência da negociação.